inquietude
perdoa o meu silêncio
rio circunscrito
pelo branco apagado da ausência
este escombro
que escala o dia
caminho arenoso
onde o recorte da lua não chega.
perdoa o gesto cobarde
de te provar no deserto da noite
e não te chamar
os lábios calcinados
a pele emigrada
a voz submersa
só não perdoa esta
voragem no olhar
que te procura como um dardo
ávido.
(quadro de cézanne)
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