02/09/06

morre comigo



morre comigo.
devagar.

nas pregas do mar dourado
inventa uma tela para cada palavra antiga
não me deixes morrer assim
sem um véu

para me cobrir
sem uma morada

onde te
possa abraçar

num último segmento de vida.
morre comigo.
devagar.
a côr

do infinito
sem os limites
da gravura.



(fotografia de alicinia mil homens)

3 comentários:

Maresi@ disse...

Ola Alberto:)))

Tenho passeado por aqui... tenho vindo "sentir-te" nas tuas belas palavras, mas ...silenciosamente, sem querer perturbar os teus belos pensamentos...
Hoje decidi, por fim, deixar te um comentário mt singelo...mas sentido.
Continuas a apresentar trabalhos de composição de imagem e texto de uma qualidade admirável e extraordinária!...
A lucidez das palavras,
a claridade dos sentidos,
a frescura das imagens...
Tudo isto vindo de um coração,
tão aberto e sensivel...

Deixo aqui meu rasto e apenas um

Beijo Su@ve__________Maresi@

Anónimo disse...

continuando o comentário de cima. ... o barulho da luz... a claridade da música...

um mus, rapaz, um must!

José Esteves

Anónimo disse...

Curioso, ontem fiquei a pensar neste título...
É realmente um pedido mais terno e mais absoluto do que "vive comigo".
Gostei (também do poema)!