eu sabia
sei. que já não voltaremos espreitar o rio. da varanda onde as tuas mãos engomadas. encerraram o trânsito às caricias. sei. a lua de agosto está suspensa. os pássaros. os poucos que ainda nos escoltavam. dos macios tendões das árvores. desertaram. no ar quente do teu rosto. o outono estendeu as gélidas mandíbulas. para que nenhum inesperado rubor. viesse perturbar o teu sorriso de formatura. recruto umas frases vagas. nesta parada de vocábulos rasos. porque. entre nós. só existe um exército de palavras andrajosas. e o fogo que disparamos. era. afinal. pólvora seca. se te chamo ainda. é para te dizer. que a nostalgia regressou á caserna. e a minha boca. sabe a cinza.
(fotografia de errante)
3 comentários:
Sabes que não cabes
numa lista de olvido.
Mas para que ir ao teu encontro?
Para ti Carinho.quando abras o teu blog: "no meu coraçao, há um cantinho à tua espera...morro de saudades.besito"
"agora volto a mergulhar na tua paleta. e encho-me de azul. até que no teu regresso. sejamos todo o céu que te proteje"
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